quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sempre Nós !


Nas últimas semanas temos assistido aos relatos de sismos e maremotos em vários países asiáticos, assim como temos visto o rasto de destruição e drama provocados por estas catástrofes naturais.


Se bem que a Indonésia e países quejandos sejam particularmente propensos a fenómenos desta natureza, e por incrivel que possa parecer, a possibilidade de uma ocorrência com esta magnitude cá em Portugal é enorme.


Mas e o que fazemos nós ? Por muito insólito que tudo isto possa parecer ... não fazemos rigorosamente NADA ! Ficamos estupidificados (como é hábito) a olhar para as notícias e descansamos na ilusória poltrona da distância, suspirando por estarmos a ver imagens do outro lado do mundo... mas o mundo é só um ... e é redondo... e tem falhas tectónicas e uma delas (daquelas bem grandes) passa mesmo aqui por baixo !!!


À semelhança de tudo o resto, como as inundações, os incêndios florestais, os atentados, etc... nunca nos preparamos para nada ! E as coisas vão acontecendo. À excepção dos atentados que, desde a extinção das FP25 não dão um ar da sua graça, tudo o resto tem acontecido, todos os anos... e todos os anos sofremos desastres imensos sem que nos preparemos para o ano seguinte... para que minimizemos o estrago ou, mesmo, o evitemos.


Mas com os sismos não são só uns "pinheiritos" a arder, nem uns "carritos" submersos em garagens de prédios... não! com os sismos "é a doer" e um dia quando acontecer (sim... porque vai acontecer!) vai ser uma desgraça, vamos andar todos como "baratas tontas" nas empresas, nas escolas, nas organizações, nas ruas, nas cidades, nas estradas ... vamos espezinhar-nos uns aos outros porque não saberemos o que fazer, assistiremos a violência indescriminada e a pilhagens descontroladas porque as forças de segurança não saberão o que fazer nem estarão treinadas para nada, far-se-ão planos de emergência em cima do joelho porque certamente não tivemos tempo antes, perderemos familiares e amigos só porque nada está organizado ou preparado, demoraremos décadas a recuperar de tudo, enterrando ainda mais a nossa decrépita situação e por fim... por fim evocaremos o mais puro sentimento lusitano e amaldiçoaremos todos os responsáveis e esquecer-nos-emos que fomos nós que os elegemos, fomos nós que nos abstivemos e fomos nós que, também, não quisemos saber !


Mais uma vez, não são ELES (os incompetentes) governantes, não são ELES (os inoperantes) da Protecção Civil, não são ELES (os lascivos) da policia ou do exército os RESPONSÁVEIS. Não é a ELES (aos malaios) ou a ELES (os indonésios) ou aos OUTROS (os japoneses) a quem só isto acontece !


É a NÓS !


Somos NÓS que nos devemos preocupar com tudo isto, com os planos de emergência nas escolas, nas empresas e nas famílias, somos NÓS que através da nossa organização civil devemos demonstrar que falta as entidades oficiais proceder em conformidade para "fechar o círculo", somos NÓS que devemos demonstrar cuidado e preocupação para que os responsáveis políticos sejam forçados a organizar os planos de contigência nacional.


Somos sempre NÓS, porque um dia quando acontecer, seremos NÓS que assistiremos à destruição; seremos NÓS que perderemos para sempre pais, filhos, familiares e amigos; seremos NÓS que ficaremos sem emprego e sem subsistência; seremos NÓS que teremos de viver num país devastado e dependente das ajudas internacionais... seremos NÓS ! Somos SEMPRE NÓS !


4 comentários:

  1. Não ficas sem resposta.

    Em periodo eleitoral, fica sempre bem lavar os olhos do povo, e dessa forma a Camara de Lagoa - à semelhança de tantas outras, asfaltaram tudo o que é aldeias do concelho nestas ultimas semanas.

    Qual é o meu espanto quando me deparo com a nova técnica de colocar alfalto novo por cima do velho, e que passa simplesmente por colocar uma máquina, daquelas que deixam o alcatrão direitinho e porreiraço, a despejar material, como se não houvesse amanhã.

    Passa por cima de tudo e de "todos" , alfaltam tampas de esgotos e pluviais, mas que eu já sabia que últimamente era assim que faziam, para passados uns dias virem cortar o alcatrão nos locais das referidas tampas.

    Até aqui tudo bem ( ou tudo mais ou menos).

    O pior é que os tipos ( e isto aconteceu comigo a presenciar) decarregam alcatrão até mesmo em cima das grelhas das sargetas que servem de descarga das aguas pluviais que drenam para as manilhas no subsolo.

    E PASMEN-SE, os tipos inclusivé taparam saidas de pluvias das casas (aqueles tudos que dremam dos quintais trazeiros das casas , para as ruas.

    Ora, as tampas de esgotos foram tratadas uns dia mais tarde, mas se pensam que retiraram o alcatrão de dentro das grelas das sagetas , ou que detaparam os tubos das casas , estão enganadinhos, as grelas das sargetas lá estão chieas de alcatrão até à boca, e os tubos das casas , de quem não se apercebeu continuam tapados.

    Isto não é uma história , ( passou-se comigo) fui eu que destapei o tubo que faz a descarga das águas pluviais do quintal da minha casa para a rua , e que não tem outra saida.

    Agora imaginem as as casas que por alguma razão estão desabitadas por essas aldeias do concelho.

    O QUE LHES IRÁ ACONTECER,

    Um dia deste têm água a derramar pelas janelas, mas pelo menos têm a rua direitinha que até apetece. (e o voto já lá está)

    Isto para não falar das grelhas das sargetas, que lá estão atolhadas de alcatrão.

    Tenham eles a côr que tiverem , são todos iguais.

    NEM SEI QUE NOME LHES HEIDE CHAMAR!.

    TAVEZ XXXXXX XX XXXX.

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  2. Tens razão, Baptista.Devia haver em cada prédio, em cada rua, um grupo de cidadãos capazes de se organizarem e fazerem com uma certa periodicidade exercícios de simulacro para essas catástrofes que nos podem cair em cima.Creio que a Protecção Civil deveria ajudar nisso.

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  3. Tens razão Baptista. Deveria haver em cada prédio, em cada rua, um grupo de cidadãos capazes de se reunirem e fazerem com uma certa periodicidade exercicios de simulacro para essas catástrofes que nos podem cair em cima.Creio que a Protecção Civil poderia ajudar.

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  4. Os meus ouvidos gostam do que aqui se ouve e a minha alma agradece.

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